
Eis o tempo que passou,
que me levou a alma para lado incerto….
Do rosto que vi e revi vezes sem conta,
Tão longe, por vezes, irreal,
Ou uma figura ténue inventada por uma mente, por certo,
para atenuar a dor nesta esfera mortal….
Eis o vento que leva a memória em suaves brisas amenas,
Fazendo das lágrimas um jogo aceso na minha pele,
O som da tua voz, a tua presença apenas…
O cheiro…esse acre sabor de mel…
E eis a sombra do meu passado!
Essa água que passa fria, breve, constante
Por baixo da ponte em ruínas em que me tornei, sem ti…
Sem ti, como se fosse o bastante…
Contigo aprendi que a cada crepúsculo se segue uma nova manhã…
E que essa manhã não é nada, sem ti.
Contigo aprendi que a noite é boa companheira,
Que a lua é boa conselheira…
E que tudo se perde, por ti…
Contigo aprendi que existo, que sou, que sei, que sinto…
Contigo aprendi a quem sirvo, em quem mando, a quem minto…
Contigo aprendi a discernir a linha entre o bem e o mal…
Contigo aprendi a vingança, a saborear o seu doce final…
Contigo aprendi quem tenho, em mim…
E eis o tempo que passou,
Que me leva a alma para parte incerta…
Pois foste afinal sempre tu…
quem sucumbiu à minha sombra inquieta…
2 comentários:
Ai ai... Não sou muito dado ao romantismo sabes? A vida esculpiu-me assim nas suas mãos ásperas e rudes. :P Mas gostei muito do que li. Continua a escrever e quem sabe, um dia o teu blogue se torne num livro com páginas de papel, daqueles que estão nas montras das livrarias. :P BEIJUS!!!!!
have I told u lately that i love u? ;)
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